Cadê a inspiração?
Onde há falta de sede,
No estacionar da razão.
Só a vida geme...
Transmuta o tédio,
Instalação obtusa,
Perpétuo assédio;
Amorna e estuda.
Dor que não cede,
Acorda e muda.
Fonte de consciência,
Ondas sem medo,
Grita o coração.
E espelha o avesso,
Doce da dor.
Ordem inversa,
Ausência de foco,
Busca vazia,
Imã da solidão.
Surta pra dentro,
Mente que acredita;
Opera a ilusão.
Tensa e selvagem,
Uno o real ao sonho,
Da imagem que tenho,
Ou pura miragem.
Te vejo e te sinto,
Eu não toco, nem minto.
Uma luz, só de passagem.
Dias de nó na tripa,
Engasgo seco da bile,
Birra arraigada,
Ondas de nojo.
De novo, de velho
Estorvo...

São sábias palavras,
Aquele que silencia.
Busca compreensão,
Embora mastigue;
Raiva doida que invade.
Porque somente existe,
Enquadra e reflete a luz.
Rompe o preconceito.
Dual, também é a metade,
Eleve ao tempo e vibre,
Refletir demais no julgamento ...pura vaidade.

Sem querer distâncias,
Intermináveis rótulos e afins,
Mente a militância torpe, que
Explora mal seu ócio.
Unir, faz de todos um.
Quero o país liberto assim...
Utopia. Parece até comum;
Escolher, arrogante, seu nobre voto,
Rindo da sua carência, que chora,
Ou compra seu pouco acesso ao óbvio.
No melhor, o ser consciente.
Onde eleva ao coração e desperta;
Sim, presente um novo tempo soa,
Sabedoria e verdade, nossa espada.
O gigante vive! Teu povo implora.
Pois ainda há tempo,
Amados(as) na luz eu juro,
Ilumina a visão interna; e
Surja o país do futuro agora.
Será aquele(a) que sonha?
Enfático e atônito. Ou o que ousa viver,
Rindo da borboleta solta no estômago?
Pensar nunca! Coração não mente,
Onde pira e aspira a inspiração...
Eleva o saber, na escrita seu manifesto;
Tudo transmuta, encher de cores é sua meta.
A rima pulsa aflita no carinho do gesto,
De ser poeta.