Poesia virtual

Rima com fantasia

Alegra a solidão.

Pensando bem...

Será que antes havia?

Amor de internet,

Amigo virtual,

Criança sozinha hoje,

Parece até normal.

Memórias incertas, tento...

Será que tô na vibe ?

Se não estiver, invento;

Carrego no pendrive.

Já escutei na radio net,

Toquei no teclado,

Olhei lâmpadas de led;

Só não vi o meu passado.

Procuro e não vejo,

E caso não me visite,
A tal felicidade real,

Fujo lá pra megacity.

Estrelinha criança

O clarão da fogueira,

Aquece a lembrança;

Nas noites inteiras,

De estrelinha criança.

Com medo do buscapé, de um lado pro outro,

Sapato com meia cafona.

Viajando nas bandeirinhas, eu ouço

Ainda, o som da sanfona.

Vestido de passa fita,

com estampado xadrez pequenininho,

cheirinho de pipoca, quentão...

Oh minha mãe! Quanto carinho.

Tudo era tão lindo, perfeito demais.

Dançando e cantando as modinhas,

Que não esqueço jamais...

Meu espelho coração

Refletir o sentimento;

Na caixa do peito, haveria...

De ser, sem julgamento,

A mente esvazia. 

Compreender com clareza,

Feito intuir de dentro pra fora,

Conservo a essência, leveza;

Novo sentido, muito embora,

Bem mais do que antes existia,

Uma nova função, para este, somando,

Já que antes apenas batia;

Agora há voz, que pertence ao comando.

E me toma assim de um jeito...(criança)

Meu espelho coração,

E tudo fica perfeito.

Transmuta a emoção.

Quando me lanço na Fonte,

Inteiramente descubro;

Ascender outra dimensão.

Flor artificial

A magia da terra emociona,

Mas não sinto o seu calor.

Perfume de flor, também não.

mas vi estética e cor.

Quando pensei...falta um sentido.

Vence a beleza e o toque perfeito,

Aveludado e exato brilho.

Me rendo e aceito.

Mudou o olhar de antes?

Mesmo sem pulsar não é mau.

Deve ser  interessante,

Transcender o natural.

Sendo verão ou inverno,

É de plastico, quem diria,

Ela exala um novo eterno

Dá luz onde nada havia,

Nem o maior vento,

Qualquer clima, é a tal;

O ar da graça sobre o tempo,

Soberana e imortal,

Produz uma imensa alegria,

Do mesmo jeito que a mente viaja,

Olhando uma fotografia...

Fantasia caiu na real

Algo imaginário,

Quase perfeito modelo,

Pois só se cria o melhor;

Escolhido nos sonhos a dedo.

Só que da teoria à prática,

Se esbarra no real,

Mostrando que tudo era casca,

Muito longe do ideal.

Pois felicidade, eu diria;

è muito, muitíssimo mais,

do que se consegue em fantasia.

Professor longe...bem longe

Quando procuro e não vejo

Vontade de valores,

Sede de saber aguardo,

Pacientemente senhores.

Cada olhar a meta,

Longe de estar perto;

Criando ilusões incertas,

Recrio e inverto.

Plano A, B,C...todo abecedário,

Contorso, exploro e admito;

Pulsar o calendário...

Novamente inspiro.

Cronograma surreal,

Idealizado para um teste;

Muito avesso ao real