quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Leio todos os seus poemas

Leio sim, todo dia nos seus olhos,
Enquanto detenho meu embaraço.
Inquietos, seus poemas, transbordam em mim.
Onde escondes tanto brilho?

Timidamente alguns, repletos de amor, 
Orbitando, deixados sobre o fogão,
Disfarçados na roupa cheirosa,
Ou na limpeza que organizas,
Simplesmente, plenos assim.

O medo já não há. Explode apenas,
Sentimentos, tudo enfim...

Sabido sem ser ouvido,
Escondido na rotina normal,
Uniu o perfeito duplo sentido,
Sem a rima igual, para ser vivido.

Em comunhão

Enquanto passo para o lado,
Miro a mente, compreensão?

Confundo seus limites,
Ondas sóbrias de emoção...
Minha essência só assiste,
Unida apenas, sem razão.
Nada aqui é eterno, só o convite;
Humildade e desapego,
As chaves. Quer sair da prisão?
Ou será que ainda não...

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Teste minha paciência


Tenho raiva de teste,
Eu não testo ninguém;
Sinto pena de quem testa,
Testa curta de alguém.
E a carapuça se veste...

Muda. O tempo é sui generis,
Inteiramente impessoal,
Nada pode ser modelo,
Haverá um ser igual?
Ainda não conheço.

Pressa pra quê? Preste.
Amor que é chama agreste.
Clama o quê? Se investe.
Infinita dor sem fim...Enfim.
Embora saibas a direção,
Nada fala, nada cala em vão.
Consciência apenas sente,
Indaga ao coração...
A solução, que a mente mente.